Já imaginou sentir a sensação de que seu corpo é o canal que está ligando a terra, tocada pelos seus pés, ao céu, até onde suas mãos apontam?
Isso é possível por meio da prática transcendente e sublime das Danças Circulares Sagradas.
Uma prática antiga, adaptada à cultura e folclores do mundo todo, que vem ganhando cada vez mais destaque para auxiliar na importante tarefa de conectar o corpo e a mente à natureza, a si mesmo e aos outros…
Para entender mais sobre essa arte encantadora, fique por aqui e acompanhe este texto até o final.
A origem do movimento das Danças Circulares Sagradas
Danças circulares sagradas são uma forma de expressão artística e cultural que têm raízes profundas em diversas tradições ao redor do mundo.
O termo está contido nas Danças dos Povos e nas Danças Circulares que, por sua vez, remetem-se ambas há vários milhares de anos.
A este propósito, Paulina Ossana, em seu livro Educação pela Dança, traz que a primeira formação do período étnico foi a organização circular, colocando homens e mulheres sem ordem pré-concebida até fechar a roda: era a dança de roda circular ou elíptica dos antropóides (há mais de 5 milhões de anos).
Além disso, Kurt Sachs, na História Universal da Dança, aponta sobre os primeiros movimentos do homem na terra, “a primeira formação do espaço habitado foi a organização circular” (homo sapiens, há 90.000 anos).
Avançando na linha do tempo e chegando nas décadas de 50 e 60, Bernhard Wosien, um dos grandes precursores da Dança Circular e das Danças Circulares Sagradas, em suas viagens pela Europa, visitou comunidades, conheceu e estudou várias danças dos povos e organizou uma coletânea de danças.
Então, no Norte da Escócia, especificamente na Comunidade de Findhorn, Wosien começou um movimento intitulado Danças Circulares Sagradas.
O desenvolvimento das Danças Circulares Sagradas
Mais especificamente em 1976, Bernhard Wosien e sua filha Gabriele conheceram a Comunidade de Findhorn e, a pedido de um de seus fundadores, implantaram a Dança Circular Sagrada por lá.
A palavra sagrada foi um termo que iniciou na Ecovila de Findhorn. O sagrado, no contexto da dança, não tem nada a ver com religião, mas sim com o estado de vida presente e respeito aos demais seres. Diz respeito também à conexão consigo, com o outro e com a natureza.
Há algum tempo, Wosien procurava uma prática corporal mais orgânica para expressar seus sentimentos. Frequentando grupos de Danças Folclóricas, percebeu que ali estava o que procurava.
Vivenciou a alegria, a amizade e o amor, tanto para consigo mesmo como para com os outros, e sentiu que a Dança em Roda possibilitava uma comunicação sem palavras e mais amorosa entre as pessoas.
Segundo Wosien conta em seu livro “Dança: Um Caminho para a Totalidade”, após as danças circulares terem se ancorado em Findhorn, milhares de pessoas mais jovens vieram em busca de dançar essas danças de roda.
Elas encontraram o caminho para a meditação na dança, como um caminhar para o silêncio.
As raízes históricas das Danças Circulares Sagradas
As Danças Circulares Sagradas têm uma longa história que remonta a diversas culturas ao redor do mundo.
Elas eram realizadas em celebrações ou em festivais comunitários, sendo muitas vezes transmitidas de geração em geração, como algo realmente sagrado.
Na verdade, não por acaso, muitas das danças folclóricas tradicionais de diferentes países e cultura possuem algo em comum: movimentos bem trabalhados em círculo.
Essas danças eram frequentemente realizadas em celebrações de colheita, casamentos ou outras ocasiões festivas.
Dessa forma, diversos grupos étnicos ao redor do mundo têm suas próprias tradições de danças circulares.
Como as Danças Circulares Sagradas funcionam?
Wosien acreditava que as danças circulares sagradas eram meditações ativas acessíveis a qualquer pessoa, em qualquer segmento da sociedade.
As danças circulares são geralmente conduzidas por um focalizador que lidera o grupo e ensina as coreografias.
As músicas escolhidas costumam ser cativantes ao público, o que torna a experiência ainda mais envolvente.
Os participantes ficam em um círculo e seguem os passos conforme recebem a instrução do focalizador, que é a pessoa que conduz o trabalho das Danças Circulares.
Ao participar dessa experiência, é possível perceber que a simplicidade da Dança Circular a torna acessível a todos, independentemente de sua experiência anterior.
Isso porque os movimentos são fáceis de se aprender, o que permite que todos.
Simbologia das danças
As danças têm significados profundos e simbólicos, muitas vezes associados a aspectos espirituais, rituais e celebrações.
O movimento circular, o circulo, reflete o ciclo contínuo da vida, com inícios e fins que se conectam.
As danças circulares também celebram a natureza cíclica da vida, destacando temas tão profundos como a renovação.
A sincronia dos movimentos no círculo simboliza a busca pela harmonia e equilíbrio, tanto individual quanto coletivamente.
O simples ato de dançar pode ser visto como uma maneira de transcender a realidade mundana e se conectar com o divino.
Sendo assim, os movimentos e a energia gerada no círculo podem ser vistos como uma forma de cura tanto espiritual quanto emocional.
Conclusão
Esses são apenas alguns dos muitos significados associados às danças circulares sagradas.
De forma geral, os principais objetivos dessas danças são: promover a conexão entre todos os seres, celebrar a vida e criar uma atmosfera de harmonia e união.
Que tal vivenciar na prática todos os benefícios dessa experiência? Entre em contato conosco e faça parte da nossa roda!